Pedalando Memórias

• No quintal da infância, o vento a soprar, 
• Rodinhas removidas, era hora de arriscar. 
• Papai segurava, prometia amparar, 
• Mas, sem que eu soubesse, deixou-me voar.

• Uma quadra inteira, sorriso a brilhar, 
• Até que percebi: estava a equilibrar. 
• O susto me tomou, ao chão fui parar, 
• Mas logo levantei, voltei a pedalar.

• Hoje, adulta, dizem que não se esquece, 
• Mas o corpo vacila, a confiança esmorece. 
• Talvez a labirintite, ou o medo que cresce, 
• Impeçam-me de reviver o que a memória tece.

• Mas dentro de mim, a criança insiste, 
• Lembra da brisa, da alegria que existe. 
• Quem sabe um dia, a coragem persiste, 
• E volto a pedalar, como em tempos felizes.

Idioma: Português (Brasil)

Sobre o poema: "Este poema traz à tona as lembranças da minha infância, como a sensação de medo e emoção ao aprender a andar de bicicleta. A cada queda, a coragem se renovava, e me fazia levantar mais forte. Mesmo agora, na vida adulta, percebo que a criança dentro de mim ainda me lembra de ousar, de tentar, de não temer o desconhecido. Afinal, a memória é nossa força, ela nos ensina a continuar mesmo quando a vida parece nos fazer parar."

Idade à data de envio do poema: Maior (+24 anos)

A autobiografia do autor: Clique aqui

Poema da autoria de:

📝 Mariana Prado 📝

🔗 Perfil da Escritora 🔗